18/01/2009

CIENTISTAS DIZEM:OCEANOS ABSORVEM MENOS CO2

Cientistas emitiram um novo alerta sobre o aquecimento global e alterações climáticas depois que descobriram uma diminuição na quantidade de emissões de carbono absorvidos pelo Mar do Japão. As informações são do The Guardian.Os resultados da pesquisas foram publicados na revista Geophysical Research Letters. Os oceanos do mundo absorvem cerca de 10t de dióxido de carbono por ano e um ligeiro enfraquecimento neste processo natural deixaria mais CO2 na atmosfera.Kitack Lee, professor da Universidade de Ciência e Tecnologia, na cidade de Pohang, Coréia do Sul, diz que essas condições mais quentes podem perturbar o processo conhecido como "ventilação" - a maneira que o oceano arrasta o CO2 absorvido pela superfície para as profundezas.O cientista adverte que o efeito provavelmente não se limita ao mar do Japão e também poderia afetar absorção de CO2 em outros oceanos.Lee acrescenta: "Em outras palavras, o aumento da temperatura atmosférica, devido ao aquecimento global pode influenciar profundamente na ventilação do oceano, diminuindo assim absorção de CO2."Lee e sua colega Geun-Ha Park utilizaram um navio russo para coletar amostras de 24 locais em todo o Mar do Japão.Eles compararam o CO2 dissolvido na água com amostras similares recolhidas em 1992 e 1999. Os resultados mostraram a quantidade de CO2 absorvido durante o ano de 1999 a 2007 foi menos de metade do nível registrado no período de 1992 a 1999. (Fonte: Portal Terra)

DESMATAMENTO EM RONDONIA

O atual modelo econômico de ocupação e uso dos recursos naturais é um dos principais fatores que causam o aumento do desmatamento em Rondônia, de acordo com o estudo "O Fim da floresta? A devastação das Unidades de Conservação e Terras Indígenas no Estado de Rondônia", produzido pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA). Segundo o estudo, a "persistência de padrões convencionais caracterizados pela exploração predatória de madeira, a pecuária extensiva e a concentração fundiária, com reflexos no crescimento desordenado das cidades e o aumento da violência, têm contribuído para a intensificação de pressões sobre as unidades de conservação, terras indígenas e outras áreas protegidas no estado".Rondônia tem um dos mais elevados índices de desmatamento da Amazônia Legal, com acúmulo, até o ano de 2007, de quase 9 milhões de hectares, o que representa 44% da área originalmente coberta por florestas. Os dados mais recentes mostram que, entre agosto de 2007 e abril de 2008, o aumento da área desmatada foi de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior e os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré se classificaram entre os mais desmatados de toda a Amazônia.O documento, embasado nesses índices, busca mostrar as causas e apresenta propostas para controlar o problema. Além da persistência de padrões predatórios na Amazônia, o relatório acusa condições precárias das Unidades de Conservação e terras indígenas. "Todas as áreas protegidas apresentam problemas crônicos relacionados à alocação e manutenção de pessoal qualificado, infra-estrutura física e, sobretudo, à garantia de fontes permanentes de recursos financeiros para a sua gestão e proteção".Expectativas econômicas geradas por empreendimentos como as usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, e a pavimentação da BR-319, segundo o relatório, têm contribuído para a intensificação do desmatamento.O relatório também aponta diversas incoerências nas políticas públicas para a Amazônia em Rondônia, como a atuação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que muitas vezes desconsidera a existência de Unidades Estaduais de Conservação, e os programas de crédito rural e fomento ao setor agropecuário. "A publicação demonstra que a devastação de áreas protegidas em Rondônia é o reflexo de uma crise de governança, marcada por interesses privados de grupos políticos e econômicos que se infiltram nas mais diversas esferas da máquina governamental, comprometendo o funcionamento de instituições públicas, os interesses coletivos da sociedade e ao próprio Estado de Direito".Propostas de ação - Entre as ações para conter a expansão do desmatamento, o GTA Rondônia propõe a definição e execução de uma agenda emergencial, com apoio de forças federais, para "promover a imediata desintrusão de Unidades de Conservação e terras indígenas dominadas pelo crime ambiental organizado", e aprimorar os instrumentos legais para combater a impunidade.Além disso, propõe a criação de um fundo estadual para financiar ações de implementação e manutenção de áreas protegidas a longo prazo, "de modo a garantir investimentos necessários para dotar as Unidades de Conservação e terras indígenas de orçamento adequado, inclusive para estruturas físicas, equipamentos e custeio de ações essenciais".O documento considera fundamental garantir a transparência e o acesso público a informações sobre o licenciamento e controle ambiental em Rondônia e pontua ações específicas para reservas extrativistas e terras indígenas. (Fonte: Bruno Calixto/ Amazônia.org)